segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A «Natureza de Classe» perante assentos sem encosto

Anuncio no jornal:
Vende-se Fiat Punto com problemas eléctricos e cheiro a mofo por 40 euros. No interior vai, incluído na venda, um saco com 600 mil euros.
É o típico negócio do nosso dia-a-dia, ainda ontem comprei um iogurte e no interior do pacote vinha arca frigorífica. Surrealismo? Não, surreal é fazer referências quanto à natureza de classe do Governo a partir do caso do BPN. Estás a acompanhar o raciocínio? Então clica onde diz "Ler mais".

Continuando, lê-se no blog Salvo-Conduto:
O Estado enterrou no dia 15 mais 600 milhões de euros no BPN, parece que é agora que Isabel dos Santos vai dar luz verde para a sua compra por 40 milhões. Quem não perceber o "negócio" e os "números" não entende mesmo como funcionam os "mercados" e essa coisa maldita a que chamam de "capitalismo". [link]
Há 163 anos Marx e Engels escreveram em O Manifesto Comunista:
«O executivo do Estado moderno não é mais do que uma comissão para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa».
Não faz qualquer sentido estas últimas duas citações. Não faz!

Quanto ao Punto, estou há vários dias à procura do anúncio mas não encontro; se alguém der com ele, avise, sffv. Por agora, contento-me com um iogurte. Espero que me saia no interior do pacote, ao invés dum frigorífico, aquela ressonância magnética ao meu joelho que o SNS (e o seguro de saúde) se recusaram a fazer/pagar. Não sou piegas e sei diferenciar centenas euros e centenas de milhar, percebo que "não há dinheiro", é preciso fazer escolhas e sacrifícios, e por isso fico contente que tenham poupado umas centenas de euros comigo para resolver o cheiro a mofo do BPN.

Não faz qualquer sentido aquelas últimas duas citações. Não faz!

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