sábado, 17 de março de 2012

Metro de Lisboa: reduzido a três carruagens

No metro de Lisboa, na linha verde, passou-se a usufruir apenas de três carruagens, quando antes eram quatro. Esta quarta-feira uma mulher desmaiou devido ao aperto na lotada carruagem.

A estes apertões alguns chamarão «maximização de recursos». É assim o "progresso" deles (os portadores do pensamento dominante). Em suma, as necessidades do lucro acima das necessidades da classe trabalhadora.

Digo isto, porque na Metro prepara-se a privatização da empresa, ao governo está incumbido de tornar-la o mais apetitosa possível para vender aos futuros donos. Reduzir custos e aumentar as receitas é o interesse deles, enquanto a nós nos prometerão maior «eficiência». Seremos eficientemente enlatados, como sardinha. É bom lembrar que,
«O executivo do Estado moderno não é mais do que uma comissão para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa» - Marx e Engels
Situações de ensardinhamento são uma realidade em muitos pontos do mundo: Tóquio, São Paulo, mais... (os motivos serão muito diversos, é certo)

Abaixo-Assinado
Circula um abaixo-assinado direccionado para a administração da empresa que será interessante assinar e divulgar. Penso que vale mais como meio de divulgação, do que qualquer outra coisa, mas aqui o deixo.


Da Comissão de Trabalhadores
Uma curta nota da Comissão de Trabalhadores da Metro Lisboa surgiu entretanto:
Face às inúmeras justas reclamações apresentadas pelos nossos clientes, sobre a redução do número de carruagens (passaram de 4 para 3) na Linha Verde, de forma permanente e ao fim de semana nas restantes Linhas, resultando daí a prestação de um serviço com menor qualidade a Comissão de Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, entende ser seu dever esclarecer todos os clientes que tal medida não resulta de nenhuma opção da estratégica da Empresa mas sim de uma imposição do Governo, como consta do documento público – Plano Estratégico de Transportes, o qual, conforme temos repetidamente alertado, constituí um grave atentado à mobilidade e ao serviço publico de transportes na AML.

A Comissão de Trabalhadores entende e concorda com a justa reclamação dos seus clientes, exortando-os a dirigirem as suas reclamações para o Exmo. Senhor Primeiro Ministro, os Exmos. Senhores Ministros da Economia e das Finanças e para Exmo. Senhor Secretário de Estado dos Transportes, estes sim os verdadeiros responsáveis pela situação vivida!

A Comissão de Trabalhadores recorda que o mesmo trabalhador que conduz um comboio de 3 carruagens o faz, com o mesmo custo, com 4 carruagens. O mesmo trabalhador que exerce a sua atividade na estação, continua lá quer passem comboios de 3 ou de 4 carruagens.

A Comissão de Trabalhadores não pede a compreensão dos clientes, pede-lhes sim que dirijam as suas justas e legitimas reclamações a quem de direito – a quem decidiu os brutais aumentos dos bilhetes e dos passes acompanhados por uma diminuição significativa da qualidade de serviço.

A Comissão de Trabalhadores (fonte)
Texto bom para lembrar que a luta dos trabalhadores dos transportes são coincidentes com os interesses dos seus utentes. E que está longe da verdade a caricatura, que nos média se tenta criar sobretudo em dias de greve, de que estes trabalhadores (com seus sindicatos) apenas se preocupam com o interesse próprio.

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