sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Inocência? Ingenuidade? Ambas, ou outra coisa?

Quando uma pessoa atinge a idade de chamar ao PS de esquerda, já a idade da inocência se foi.

Não me parece adequado infantilizar um adulto chamando-lhe de inocente. Para mim, uma criança pode ser inocente, mas um adulto, neste contexto, não. Chamar-lhe-ia antes ingénuo, ou então uma outra coisa qualquer.

(Isto surgiu-me a propósito deste post no Companheiro Vasco, não em relação ao conteúdo do texto, mas a uma escolha de palavras de importância menor.)

Evito utilizar o termo esquerda, mas já que é tão usado, o que será ela? A fronteira entre a esquerda e a direita define-se entre aqueles que executam políticas em favor da classe trabalhadora e os que o fazem em favor do capital. Isso denota-se com elevado peso na legislação laboral, por exemplo. Dessa forma, na nossa Assembleia, à esquerda está o PCP, BE e Verdes, e à direita o PS, PSD e CDS.

Peço imensa desculpa ao leitor por estar a falar destas coisas, e prometo que volto em breve a assuntos estéreis, mas permitam-me, por favor, que tenha criado este post só para confessar o seguinte: Fascina-me a existência de uma imensa quantidade de bem-intencionados que continuam a crer o PS como situando-se à esquerda! Vejo-os, muito honestamente, como gente verdadeiramente bem-intencionada, mas penso, se no fundo, não será esta (boa)-fé uma má-fé.

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