terça-feira, 18 de setembro de 2012

José Gomes Ferreira, hoje no Jornal Nacional

José Gomes Ferreira (JGF) é um economista/jornalista/opinador completamente restrito ao pensamento dominante. Apesar disso, as palas ideológicas que tem nos olhos é de certa forma parcialmente compensado pela atenção, criatividade, e seriedade com que analisa o panorama financeiro e económico para os canais televisivos do grupo Impresa SA. É dos poucos que ainda respeito e me prendem a atenção entre as dezenas de caras fixas dos canais e jornais do Balsemão.

Hoje JGF teve uma intervenção interessante no Jornal da Tarde, mas vejamos alguns pontos:


  1. Após lembrar que as mudanças no TSU tiram dinheiro aos trabalhadores para dar ao capital, revela que isso dará um "balão de oxigénio" a muitas grandes empresas que aproveitarão para pagar as suas dívidas à Banca. É então que JFG, no minuto 1:44, revela a sua desconfiança de que o governo não quer resolver os problemas do país com equilíbrio mas que há uma aproximação a quem se "portou mal" (leia-se, a Banca) [sic]. Afinal, era a Banca que ganharia com tudo isto.

    Ora, não fossem as suas palas ideológicas talvez não colocasse nenhum governo, ou Estado, acima das classes sociais, como que de um árbitro que equilibra e harmoniza as relações entre capital e trabalho. Ora, isso nunca acontece. Pelo que oiço de JFG, ele não ignora a existência de classes sociais, mas ignora o conceito de luta de classes, e talvez por isso, ele não compreende que o governo é fruto duma relação de forças entre as classes, e sendo dominante o capital (sobretudo financeiro), então, não deveria surpreender ninguém que o governo pratique sobretudo políticas do interesse do "mal comportado" capital financeiro (a Banca).
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  2. No final, JGF mostra que o ministro do CDS Pedro Mota Soares é incoerente (palavra e eufemismo da minha responsabilidade). Mas, JGF prefere escolher um vernáculo bem mais duro, e optou por dizer que "isto é mais que distracção, isto é uma outra coisa mais feia..." - atenção, reticências!!!!! Pensei que ia chamar os bois pelos nomes, mas desiludi-me tremendamente quando rematou com um mero «incompetente» (!) (palavra e eufemismo da responsabilidade de JGF).

    Quanto a este mito da incompetência, escrevi o post anterior e mais nada pretendo acrescentar de momento: Isto não é um governo de incompetentes, porra!.

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