O objectivo é “obrigar as pessoas a parar”, diz ele. Parar e perguntarem-se “O que ando aqui a fazer?”. “Só se pensa nisto quando ficamos doentes ou morre alguém. Hoje, as pessoas estão a ficar completamente soterradas”. E falar do. . . coiso “também assusta muito”, acrescenta.
Vejamos: as pessoas são logo entrada do metro domesticadas no ritmo pelos torniquetes, depois enquanto olham para as estações que faltam até ao destino o abrir e fechar das portas serve como segundo regulador do tempo, tudo com a preocupação inconsciente de não falhar com a ditadura das horas. Adormecidos por um padrão repetido diariamente, sempre igual, uma flor é o imprevisto que serve como despertador. Acordar (quando já estaríamos acordados) é um incómodo que torna a acção do rapaz da flor um acto potencialmente subversivo.
Escrever amor, e largar o coiso, é capaz de ser também subversivo - penso eu agora que parei para escrever. Quatro parágrafos! E, é assim, com este post que pela primeira vez do blogue se faz Jazz. Não é coiso que se diz, é amor. E o amor é Jazz.
1 comentário:
Acrescentei aos favoritos.
Força nisso.
RV
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