domingo, 21 de outubro de 2012

Da Islândia sobre a Islândia (nova versão)

Apaguei o post «Da Islândia sobre a Islândia» que publiquei na sexta-feira. Ele continha uma resposta dada por uma pessoa que vive na Islândia. Apaguei, porque a autorização que tinha para divulgar o texto que me foi enviado, afinal, era somente para o fazer por mail e não para publicar aqui. Se alguém o quiser ler, peça, que lhe enviarei o texto.

O texto foi uma resposta ao vídeo «Aconteceu na Islândia», e dá para resumi-lo nos seguintes pontos:
  • Não é à primeira revolta, pressão, ou manifestação popular que se faz cair um governo no mundo.
  • A reescrita da nova constituição será corrigida e aprovada pelo parlamento, ou seja, no final serão os deputados que a vão moldar e fazer aprovar.
  • Os governantes do conservador Partido da Independência, que estavam no poder à mais de 14 anos (sozinhos ou coligados) e comprometidos com os banqueiros, estão novamente a subir nas intenções de votos. Tudo leva a crer que ganharão as próximas eleições, regressando todos, de novo para o poleiro.
  • Aliás, diga-se que o ex-primeiro ministro e director do banco da Islândia na altura do colapso económico, Davíð Oddsson, é o director do maior jornal do país. Ele redesenhou varias vezes a lei que permitiu aos bancos actuar da forma que actuaram. Nunca foi incomodado por isso, e foi premiado em 2009 com o cargo de director do maior jornal do país.
  • Como era de esperar, o julgamento do Primeiro Ministro, deu recentemente em nada. E esse julgamento só foi adiante pois era também politico. Assim, julgou-se e ele ficou em liberdade, agradando a todas as partes. 
  • Até hoje, não existe um alto implicado da bancarrota da Islândia preso, e não existe fuga massificada para o exterior dos implicados da bancarrota. E assim vai ser com todos e já nem os islandeses tem esperança de ver algum responsável implicado na bancarrota de um dia pagar por isso.
A mensagem não era muito optimista e dava a entender que no exterior se fantasiava um pouco a realidade islandesa terminando a dizer que "o jardim dos outros é sempre mais verde que o nosso". A mim, parece-me, pelo que conheço da Islândia, que aquele país é realmente um bocado para o verde. Talvez seja um erro de percepção.

Sem comentários: