Bonjour! Confesso que durante quase todo o filme só pensava "mas por que estou eu ainda a ver esta merda?!", mas vi-o até ao fim. Sem me despertar grande emoção lá fui aturando o pedante idealismo político do personagem masculino, e a frivolidade egocêntrica da personagem feminina. O filme não parecia deixar-me grandes marcas, contudo, pensando na possibilidade de escrever aqui um post, pus-me a pensar, e, enquanto preparava algo para comer, olhava com olhar estúpido para um barulho cuja causa não conseguia detectar, ou na casa-de-banho a apreciar a vida, dei por mim a concluir que, afinal, o filme era interessante! Ele apresenta por intermédio de quotidianas acções do dia-a-dia um conjunto largo de temas importantes da vida: é uma obra de filosofia. E é-o de forma mais profunda do que me apercebi durante o seu visionamento, e, em boa verdade, só depois, quando estava sentado na cerâmica da salle de bain é que soltei a criatividade e cheguei às mais interessantes interpretações do filme.
Muito gostaria aqui de expor acerca do idealismo político do Paul, e da frivolidade da Madeleine. Mas, ficar-me-ei por revelar que senti (o que não significa que o seja realmente) que o filme é datado, e que vivemos tempos diferentes. Ao meu pensamento estava constantemente a ideia de que aquela geração vivia uma fase de emancipação, enquanto hoje vivemos numa fase de cada vez maior opressão, rumando até ao fascismo.
Li entretanto esta excelente análise à obra, e recomendo-a.
O filme por ser visto na integra e legendado, aqui.
O filme por ser visto na integra e legendado, aqui.
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