É interessante como o filme está montado em volta do poema Uivo (Howl) de Allen Ginsberg. Sem que seja um filme que me tenha entusiasmando muito, o poema vai ganhando intensidade durante a obra, e por fim, o filme acaba por ser inclusivamente inspirador.
Apesar de saber que nos EUA casos de censura houve pelo crime de obscenidade (!), não me deixou de surpreender o julgamento, cujos argumentos e provas (!) eram baseados na necessidade e pertinência do uso pelo artista de determinados termos termos e imagens. Metem-me um certo nojo estas bestas pudicas que tentam negar-se na sua própria natureza humana e se amedrontam perante o seu reflexo na arte... lascívia, lascívia, lascívia, é o "pecado" destes ascetas que fica por libertar num uivo.