Contrariamente a muitas outras datas que nos enchem o calendário, vazias de sentido e surgidas a partir de interesses puramente comerciais relativamente recentes, o 8 de Março já tem mais de 100 anos, e resulta do próprio processo de afirmação da mulher, e sobretudo da mulher trabalhadora, no seio da sociedade moderna. Mas ainda há tanto caminho a percorrer... [in o Companheiro Vasco]
Não sendo as palavras em
1# um desabafo, no entanto, trancrevo-o como pequeno desabafo pela
forma como vejo o dia festejado por algumas mulheres... A nota 2#
referencia que o dia surge da luta pela satisfação das necessidades da
mulher, mas sobretudo da mulher trabalhadora. Em 3#, demonstração de consciência de classe, mais um exemplo histórico tremendo da importância, e do legado da luta e
desta data feminista.
2#
O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. (...) Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. [in Wikipedia]
3#
A data do primeiro Dia Internacional da Mulher não foi uma escolha ao acaso. A indicação do mês de Março está associada a dois acontecimentos de importância simbólica para o proletariado: a revolução alemã (Março, 1848) e a Comuna de Paris (Março, 1871) (...). A 19 de Março de 1911, o sucesso da primeira celebração foi considerável – a maior manifestação do movimento pela emancipação das mulheres, com mais de um milhão de mulheres nas ruas das cidades da Alemanha, Suíça, Áustria e Dinamarca. (...)É só a partir de 1917 que se estabelece a data de 8 de Março para as comemorações do Dia Internacional da Mulher. No dia 23 de Fevereiro do calendário gregoriano (8 de Março no calendário juliano), as mulheres russas manifestam-se em S. Petersburgo, exigindo pão, o regresso dos maridos enviados para a frente da guerra, a Paz e a República. A greve estende-se rapidamente a todo o proletariado. Em poucos dias a greve de massas transforma-se numa insurreição e ao fim de cinco dias cai o império russo. [in O Militante]
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