sábado, 27 de abril de 2013

Medo do medo dos outros

Ultimamente tem acontecido sempre. Em vésperas de uma manifestação vêm-me dissuadir de nelas participar preocupados de que algo de mau me possa acontecer. Foi o que ocorreu mais uma vez em vésperas do desfile do 25 de Abril na Av. da Liberdade. Essas pessoas conhecem bem alguns agentes da PSP que evitaram meter dias de férias durante a Páscoa para o poderem fazer para os dias 25 de Abril e 1º de Maio por receio de serem chamados para fazer a segurança nesses dias, escolhendo assim não passar com as suas famílias a Páscoa, que é um feriado de grande tradição nas suas terras no norte do país, por causa do medo de possíveis desacatos, o que nos deu a todos a entender que a ameaça seria séria. Acontece, porém, que destas pessoas que me tentam dissuadir de participar em manifestações do género nunca participaram em nenhuma, logo desconhecem que, por exemplo, a Av. da Liberdade no dia do desfile é muitíssimo mais segura do que num dia normal. O mais grave que terá acontecido no desfile na passada quinta-feira foi uma criança de colo que fez um valente cocó na fralda.

Ainda não há motivos para ter medo de participar na esmagadora maioria das manifestações, mas porque elas não são todas iguais, aconselho a quem tem interesse em participar e tem receio, a falar primeiro com quem está acostumado a ir a manifestações, pois ninguém melhor que essas pessoas sabem avaliar a justeza dos medos.

É interessante a distância entre a realidade e a sua percepção de quem sobre manifestações está quase só "informada" pelos média. Para medos já nos basta e pesa aqueles que têm fundamento de existir.


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