quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"É possível amar e odiar ao mesmo tempo"

Mas será muito difícil compreender que é possível isto?

La belle personne (2008) - 4
O estudo da Filosofia é importantíssimo. Ela não é, ao contrário que muitas vezes oiço, uma mera curiosidade e algo sem utilidade na prática. Quem diz isso não compreende que é o próprio exercício prático que refina e/ou comprova a justeza das ideias, da filosofia.

Um simples curioso nas variadas formas do pensamento certamente já leu sobre filosofias orientais como o hinduísmo, taoismo, ou conceitos como Yin-Yang, mesmo que ignorem a filosofia europeia contemporânea como, por exemplo, a dialéctica hegeliana e marxista. Todas estas concepções do pensamento têm pontos em comum, em particular, o conflito e complementaridade entre opostos. Vejamos, por exemplo, como descreve o Wikipedia sobre Yin-Yang:

O yin-yang são dois conceitos do taoísmo, que expõem a dualidade de tudo o que existe no universo. Descreve as duas forças fundamentais opostas e complementares, que se encontram em todas as coisas. O "yin" é o princípio feminino, a terra, a passividade, escuridão, e absorção. O "yang" é o princípio masculino, o céu, a luz, atividade, e penetração.
Quem possui o conhecimento disto sabe da profunda utilidade que a filosofia tem nas mais vulgares acções do dia-a-dia, tanto na análise muito mais rápida e melhor da realidade, como, por fim, uma superior assertividade na própria acção quotidiana de transformação do mundo. Logo, quem tem este conhecimento, de que o mundo é dialéctico, não se surpreende que uma pessoa ame e odeie em simultâneo outra, pois é essa a natureza de todas as coisas, uma contradição de opostos, nem sempre evidente, mas sempre lá.

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