Uma semana de férias algures acima do Mondego. Falou-se e ouviu-se:
- "aqui está-se tão bem!"
- "o tempo aqui passa mais devagar"
- "não temos pressa"
- "é uma calma! não há stress..."
- "é para momentos como estes que uma pessoa vive"
- "não me apetece nada voltar [amanhã para o trabalho]"
No cimo da aldeia, a igreja, e do topo o som simulando um sino ecoava a partir dos megafones marcando as horas. É Páscoa, portanto, não tenham dúvidas que nestes dias foram as cerimónias religiosas que condicionaram e disciplinaram restantes horas do dia. Ali estava a ainda o ditador de outros tempos, a Igreja. Mas não era deste ditador que se temia, era outro, e hoje, segunda-feira, ele torna-se bem óbvio... é o relógio.
Cuidado!, pois é mera aparência: o ditador não é o relógio. Ele não é o mau desta história. Nem o tempo passa mais devagar acima do Mondego. Mas isso não interessa nada agora, cala-te Bruno, e deixa-me ouvir os passarinhos.
1 comentário:
Os passarinhos cantam e os passarões fazem-lhes a cama.E não aprendem.
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