A minha agenda de contactos. |
Há dias pensei reunir um conjunto pequeno de amigos mais chegados. O objectivo era chamarmo-nos nomes feios. Peguei na agenda e listei pouco mais de dez nomes. Mas cancelei a ideia de os reunir perante uma certa desolação quanto ao que me deparei.
Ontem assistia a uma entrevista a Carlos do Carmo quando ele deu uma imagem que serve, de certa forma, como analogia para essa a minha desolação; sendo certo que a distância entre o meu caso e o dele é grande, talvez ao equivalente de mais de 40 anos de idade que nos difere. No final da entrevista ele disse, sobre os amigos, algo como isto: "Sabe, eu olho para a minha agenda e o que vejo é um cemitério. A minha agenda é um cemitério!".
Nenhum dos amigos que listei está literalmente morto, mas vários estavam impedidos de comparecer numa reunião por motivos graves - relacionados indirectamente com a precarização das condições de vida. Um dos motivos é a emigração. Para desanuviar passarei a dizer que a minha agenda é uma agência de viagens.
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