Isto não é um blog de cinema. Nem percebo da coisa. Também não faço por parecer que percebo. O mais estranho é que pouco ou nada falei de música neste blog que é algo de que gosto bem mais e percebo bem mais. Definitivamente, isto é um blog de alienação intervalados de momentos em que compenso com a merda da realidade. Este é um filme de esquizofrénico quase como este blog. É um filme de alienação, de sonho, mas sonho alienado.
Deu-me um imenso prazer ver este filme. Foi uma valente dose de fantástico, imaginação, delírio, fuga da realidade. Quero é que o filho da puta do Primeiro Ministro se foda. Preciso disto: imaginar unicórnios a correr pelos prados com fraldas metidas para não borrar os lençóis. Ok, nem tudo é perfeito no filme, tive de aturar mais uma história de amor. Que lindo casalinho!!! Por acaso, só para me aborrecer, até gostei.
Tão distante está a realidade concreta da realidade desejada!; que assim não dá para levar a mal quem se remete à fantasia, à negação do concreto, compensando seus aparelhos neurológicos através de sonhos e delírios auto-realizantes. Neurose! Viva à neurose! Não levo a mal? Levo levo, pois se alguém me repetir que a felicidade vem é de dentro, enfio-lhe um supositório com princípio activo de Ary dos Santos com campânulas à Terry Gilliam que a fome, desemprego e os desabrigados desaparecem por magia só para lhes dar razão. Não é campânulas, mas cápsulas, o corrector autográfico disto é que se passou ao ver unicórnios em fraldas; ele nunca tinha visto fraldas. Que filme! Gostei.
(Trailer)
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