A manipulação mediática é quase omnipresente. A "verdade" propagada é absorvida como verdade, inclusivamente pelos que se dizem cépticos. Não basta ser céptico perante o que se vê e ouve, é preciso aprender a desmanipular a manipulação. Além disso, é ainda preciso procurar as outras versões da história e cruzar informações.
Há pessoas que não aprofundaram ainda este assunto. Estranhando elas o grau e os mecanismos da manipulação existente, frequentemente, subjugam-na a uma suposta «teoria de conspiração» ou à «mania da perseguição» de quem sabe e ousa dizer a verdade. A ignorância é atrevida! Este atrevimento apazigua-lhes o espírito perante desconcertante dimensão da censura e manipulação.
Foi o que me aconteceu ontem. Perante uma referência de como é grosseira a forma como o PCP e quase toda a luta popular é afastada das notícias, manipulada e a mensagem corrompida - havendo excepções momentâneas -, responderam-me que os comunistas tinham a mania da perseguição. Pois! Para ele a dimensão da censura e manipulação é ainda um acontecimento extraordinário, enquanto para mim, que já maturei o assunto, tornou-se um acontecimento ordinário.
Esta menorização do desconhecido a «teoria da conspiração» ou a «mania da perseguição» costuma ser uma tremenda falta de educação de quem o faz, numa forma eficaz de proteger o seu ego da própria ignorância. Ontem não foi o caso, simplesmente porque foi dito por alguém que tem coragem suficiente para se desafiar, aprender, e assim transformar o que no seu espírito é ainda extraordinário em ordinário.
Mais leituras:
- Goebbels ao pé disto é um amador, neste blog;
- A formação da mentalidade submissa, por Vicente Romano.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Kiev, Ucrânia, Europa, Fevereiro de 2014...
24 de Fevereiro de 2014 Início do Século XXI |
Neste blog criou-se uma etiqueta chamada «Rumo ao Fascismo!». Ela não é, obviamente, um apelo a tal configuração política, antes pelo contrário, é um aviso, um alerta que a besta está viva.
Ligo a TV e não oiço revelarem a natureza política dos manifestantes mais activos nos últimos dias em Kiev. Então por que não o dizem? Eles são abertamente fascistas. O apoio por parte dos EUA e UE que recebem, promovendo que a Ucrânia se alie à União Europeia ao invés da Rússia, pôs um termo curioso na baila: euro-fascismo.
Não me interessa dissertar sobre o assunto por agora, mas a União Europeia é predominantemente de cariz fascista. É assim que a vejo. Logo o termo euro-fascismo parece-me muito ajustado.
Lembram-se da referência deste blog ao filme Novecento? Cada vez mais importante revê-lo. Sobretudo por este trecho que retiro do blog Manifesto 74:
O golpe está consumado. UE, EUA, FMI e NATO podem começar a armar a sua oligarquia e impedir que povo ucraniano saia da crise para o lado certo. Está em marcha a nova ordem: Svoboda. É assim que recomeça o fascismo, quando o capitalismo em falência se organiza para endurecer a repressão e a exploração. [link]
As próprias siglas no início da citação é uma consequência de o grande capital já estar organizado, mas... O sublinhado é meu. Fica o apontamento e as reticências para reflexão.
da série:
Rumo ao Fascismo
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
De boas intenções estão Ucrânia e Portugal cheios
Nem um indivíduo age sempre de acordo com os seus interesses e necessidades. Nem um grupo o faz.
As necessidades objectivas das pessoas podem ser sentidas por elas, mas a sua forma para as satisfazer incompreendidas e agirem sob uma ilusão.
Por isso, cuidado quando se ouve alguém manifestando-se contra um governo tirano, falando em liberdade e luta popular. Gosto muito de o ouvir, mas quem o faz pode, mesmo com boas intenções, estar a promover um efeito contrário ao que necessita e lhe interessa. Inclusivamente, a fazer parte da ascensão do fascismo. É o que se sucede na Ucrânia. Foi o que assisti há momentos, através dum vídeo de uma manifestante ucraniana partilhado no facebook por uma amiga bem-intencionada.
No enorme grau de desinformação mediática existente acrescido da generalizada falta de cultura, não é de estranhar que se faça interpretações políticas erradas, nem acções cívicas desastrosas ao bem-estar da maioria de nós. Ninguém está a salvo. Nem na Ucrânia nem em Portugal.
O governo PSD/CDS de Coelho e Portas e companhia foi eleito por sufrágio universal. A maioria votou neles e deu um tiro nos pés. É só um exemplo.
É preciso agir. Entre os fascistas ucranianos e os partidos que sustentam o tirânico governo português existem pontos em comum. Além das afinidades ideológicas, um desses pontos é quem os financia: o grande capital.
As necessidades objectivas das pessoas podem ser sentidas por elas, mas a sua forma para as satisfazer incompreendidas e agirem sob uma ilusão.
Por isso, cuidado quando se ouve alguém manifestando-se contra um governo tirano, falando em liberdade e luta popular. Gosto muito de o ouvir, mas quem o faz pode, mesmo com boas intenções, estar a promover um efeito contrário ao que necessita e lhe interessa. Inclusivamente, a fazer parte da ascensão do fascismo. É o que se sucede na Ucrânia. Foi o que assisti há momentos, através dum vídeo de uma manifestante ucraniana partilhado no facebook por uma amiga bem-intencionada.
No enorme grau de desinformação mediática existente acrescido da generalizada falta de cultura, não é de estranhar que se faça interpretações políticas erradas, nem acções cívicas desastrosas ao bem-estar da maioria de nós. Ninguém está a salvo. Nem na Ucrânia nem em Portugal.
O governo PSD/CDS de Coelho e Portas e companhia foi eleito por sufrágio universal. A maioria votou neles e deu um tiro nos pés. É só um exemplo.
É preciso agir. Entre os fascistas ucranianos e os partidos que sustentam o tirânico governo português existem pontos em comum. Além das afinidades ideológicas, um desses pontos é quem os financia: o grande capital.
Ler mais:
- A Ucrânia e o renascimento do fascismo na Europa, por Eric Draitser;
- O Boxeur-electrão e outras peças, por José Goulão.
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